Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. (Clarice Lispector)
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quarta-feira, 29 de junho de 2011
Eu tentei de todo meu coração esconder sentimentos, afogá-los em volto a lágrimas ou até mentir pra mim na esperança de acreditar ter esquecido, mas voltaram, voltaram com a força de um último suspiro, com o desejo de continuarem a serem vividos, mas não posso, não posso revivê-los como se não tivesse acontecido nada, então que tudo seja esquecido, que as amarguras sejam abandonadas e que só ressoem os sons das risadas no meu coração.
Pra que voltar? Pra que assombrar meu coração com lembranças que me fizeram feliz por segundos? Que foram apagadas, enterradas, afogadas por lágrimas e sufocados pro gritos silenciosos, era assim que eu imaginava, mas foram apenas encobertas, esperando a hora certa de reaparecer. Eu não quero ter que recomeçar a ser feliz.
O tempo não parece passar, as mesmas músicas, as mesmas palavras e o mesmo sentimento. Como se não tivesse fim, como poderia não sentir medo, se ele parece voltar e trazer com ele sentimentos que sempre tentei esconder e mascarrar. Só quero que o relógio avance e eu espero nunca mais precisar olhar pra trás, nunca mais.
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