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quarta-feira, 12 de outubro de 2011


Então chega a noite, você fecha os olhos com anseio de sonhar, mas nada lhe vem a cabeça, nenhum nome, nenhuma feição, todos se foram, todos lhe abandonaram. Que vontade de ter pelo menos um rosto pra sonhar, um cheio pra lembrar, que vontade de querer. Condenar-se por sentir um vazio sem conserto é tão ilogicamente possível quanto raciocinar sobre os sonhos. Mas a dor só aumento. A solidão é tão cruel, quando estamos cheios da vida queremos ficar sozinhos, mas minutos depois aquela vontade do vazio passa. O problema é quando não se pode voltar atrás, quando ainda havia quem estivesse do teu lado, o problema é regatá-los quando eles não querem segurar tua mão, preferem cair e se desligar de ti. Então o tempo cruelmente continua a passar e o desejo de sonhar só cresce, se prolonga dentro de ti. Até que você simplesmente sonha, até que alguém te resgata da tua própria solidão. O erro é não ter paciência ou matar esta vontade voraz aos poucos tentando sanar-la, o erro é não esperar.

domingo, 9 de outubro de 2011


É simples, mas a gente complica. Mistura as peças e tenta encaixar mesmo que fique torta. O problema sempre fora esse, não enxergar o que está errado e tentar encaixar tudo. Tentar acertar sempre fora algo bom, mas ninguém lembra da dor que é errar. Na verdade a dor maior é tão surpreendente, somos tão cegos diante do erro, somos tão domados pela vontade de vencer.
Cada vez que uma questão se forma na nossa frente queremos logo sanar, queremos encontrar a resposta , sedentos de estarmos corretos. Essa sede de felicidade nunca fora condenável, pelo contrario, é algo memorável. Mas será que não pode ser mais fraca? Será que ela pode ser devagar? Que todos nós fossemos mais calmos em nossas escolhas, pois quando escolhemos rápido perdemos mais rápido ainda.