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quarta-feira, 12 de outubro de 2011


Então chega a noite, você fecha os olhos com anseio de sonhar, mas nada lhe vem a cabeça, nenhum nome, nenhuma feição, todos se foram, todos lhe abandonaram. Que vontade de ter pelo menos um rosto pra sonhar, um cheio pra lembrar, que vontade de querer. Condenar-se por sentir um vazio sem conserto é tão ilogicamente possível quanto raciocinar sobre os sonhos. Mas a dor só aumento. A solidão é tão cruel, quando estamos cheios da vida queremos ficar sozinhos, mas minutos depois aquela vontade do vazio passa. O problema é quando não se pode voltar atrás, quando ainda havia quem estivesse do teu lado, o problema é regatá-los quando eles não querem segurar tua mão, preferem cair e se desligar de ti. Então o tempo cruelmente continua a passar e o desejo de sonhar só cresce, se prolonga dentro de ti. Até que você simplesmente sonha, até que alguém te resgata da tua própria solidão. O erro é não ter paciência ou matar esta vontade voraz aos poucos tentando sanar-la, o erro é não esperar.

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