Odeio não saber quem eu sou, ou que aquilo que eu dizia que
não faria acabei fazendo, odeio não ter a certeza da minha personalidade. Não
sei quem eu sou, afirmo hoje. Tenho inveja de pessoas que tem personalidade
forte, que sabemos identificar suas características só de olhar pra elas, já eu,
estou perdida em meio a incertezas. Parece estúpida esta dúvida, mas o problema
é que eu sabia que eu era, eu podia escrever minha forma de ser rapidamente,
porém hoje me encontro envolta a fragmentos de um passado. Ho deus, como eu fui
burra, como eu fiz as escolhas erradas assim tão fácil? Sem ao menos hesitar. O
que aconteceu com aquela que eu era? Eu envelheci por dentro, eu me perdi de
mim.
Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. (Clarice Lispector)
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segunda-feira, 18 de junho de 2012
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Sinto-me tão imbecil, por que isso ainda me incomoda? Poxa vida, bola pra frente, cabeça erguida.Tudo culpa desses hormônios femininos que me fazem chorar uma semana inteira de cada mês.Culpa do meu vicio por ficar do lado de pessoas erradas.
A cada amigo eterno, que me conforta e que me freia, sinto uma maré de pessoas que eu tanto fiz e nada retribuíram ou que me corresponderam com futilidades e vacilos, esses vacilos que me fazem chorar uma semana do mês.
Mas não posso esperar da vida que todos digam o que eu sempre gostaria de ouvir ou que nunca errassem o caminho da felicidade, aquele do meu coração. Seria muito sonhadora querer esse mundo perfeito.
Estou aqui para tentar não me importar, levar a vida. Difícil sempre foi, mas com o tempo a gente vai aprendendo.
sábado, 9 de junho de 2012
Lembrete a mim mesma: AMOR É UMA DROGA!
Em reflexão com um amigo percebi o quão sou viciada pelo
amor, como uma droga, realmente. Ele acompanha sintomas que podem ser
facilmente diagnosticadas como enfermidades, sem contar que seu vicio é constante
e necessário. Não consigo me ver sem amar, eu preciso disso para viver, para
conseguir dormir e para acordar pela manhã procurando meu celular e mandar uma
mensagem do tipo: “sonhei com teu sorriso hoje”. Não, não é o clima de romance
no ar e nem os filmes água com açúcar da tevê, é meu coração que anseia por
isso.
Eu sempre quis amar alguém e sempre desejei ser amada. Com
isso acabo indo procurar nos lugares errados, com pessoas erradas, amores improváveis,
impossíveis e me machuco muito. Esqueci-me de falar que essa droga é meio difícil
de encontrar, deveria ser ilegal, mas é comercializada com bastante apreço ultimamente.
Os efeitos colaterais são bem fáceis de detectar, como eu havia dito podem ser
convencionalmente associados a enfermidades de todos os tipos e sintomas. Vão
desde a sensação estranha no estomago à falta de concentração em qualquer outra
coisa que não seja a pessoa amada.
O problema está quando não temos o amor, quando ele dá
errado, dói muito, muito mesmo. Vem a tal de abstinência e essa é terrível, tenho
que admitir. To tentando dar uma de superior a um bom tempo, mas venhamos e
convenhamos fica difícil demais não ter um amor pra levar a vida.
É meio complicado ouvir músicas românticas e não ter para
quem mandá-las ou não identificar a letra com alguém, de não acordar de
madrugada com um sms fofo ou um bom dia acompanhado de aconchegante abraço. É difícil
não ter um nome a mente a hora de dormir, é eu sei que dói.
Mas como eu disse eu to tentando a um tempo diminuir essa
dor, to usando adesivos de felicidade pra ver se a endorfina me deixe mais
preenchida e que eu consiga deixar isso pra lá. Tento pensar que seria pior não
ter amigos ou familiares que você ama. Tento imaginar que um dia eu vou
encontrar o verdadeiro amor e que isso tudo vai parecer bobagem. Ou de vez em quando
digo a mim mesma o quanto eu sou imbecil por ficar triste por não ter um cara
no seu pé.
A verdade é que incomoda sim, e como diz Nunes, toda mulher
quer um relacionamento sério, não precisa ser agora, mas ela sempre quer. Deixe-me
tentar ser feliz desse jeitinho sozinha, dessa minha vida de poeta, fazendo de
tristeza arte e solidão desapego.
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