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terça-feira, 2 de agosto de 2011


Onde será que estará você meu anjo? Sinto tanto a tua falta, a sombra na porta a me observar, o calor do lado meu. Sinto falta do som das palavras a soar apaixonadamente em meus ouvidos e das risadas, sinto falta do abraço e das conversas. Das trocas de segredos, da confiança e da gloria do amor. Anjo meu, onde estarás ti se não a me proteger? Cada lágrima, confesso, pensava em ti antes que ela se espalhasse em meu rosto, sem tuas mãos para conte-la e sem teu abraço para me sufocar em paz, o que será de mim em ti minha glória?

Se meu último olhar turbulento for pra ti, se as águas turvas mentirem a seu respeito e se por algum milésimos de segundo passar por minha mente que um dia eu não te amei? É arriscado demais pensar naquilo que aflige a mim de maneira contrária, pois e se for a mim que você não ama? E se essa for a verdade? Serei eu a amaldiçoada por falta de afeto e outra vez seguirei passos distintos do teu, seguirei onde os grão de poeira me levarem, levarem a mim e a meu coração…Outra vez.

O tempo não se constrange a passar, não se limita e nem tem presa, ele simplesmente se vai. Não decora falas e nem conta passos,harmoniosamente deixa marcas em livros, cartas ou palavras. Imagens foscas e apagadas, cheiros que se vão e gostos que se confundem. E o medo da memória e das lembranças te abandonarem, fica cada vez mais apertado, o tempo continua a passar e novas ilusões se acumulam, novos livros e novas imagens. Manchas de café e marcas em seu coração. Sem contar passos ou decorar falas, sem enxugar lágrimas ou arrependimentos apenas uma batida no relógio e uma mudança no calendário, novos rostos e novos sonhos em uma bagagem que acumula passados.