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terça-feira, 23 de novembro de 2010

E em teus olhos menina, tão apreensivos, chocados, chocantes.


Cada instante da minha curta vida, não demorei a perceber que nem tudo era perfeito, que todas as historias do jardim de infância eram sonhos inacabados e que as cantigas de ninar ficariam gravadas em minha mente como um choro da lembrança, algo que acolhia a cede de um alguém.
O medo era cotidiano, a angustia noturna, o sorriso pessoal e o abraça reservado.Não sei ao certo se fui capaz de expressar em letras ou em gestos tudo que deveria dizer.Perdi pouco tempo com sapatos, com amigos, com segredos e estrelas.
Minhas sardas faziam- me passar por ingênua, meu senso critico por má, mas minha voz por doçura e nem quis ser tudo isso.Fui eu, apenas eu, aquela que levava café sem açúcar pro pai, que corria até a escola, que não chorava na frente de minha mãe, nem em seu tumulo, mas em casa velei meu pranto.
E digo como jamais ouvi, segui por obstáculos cada vez mais difíceis, não houve o sol após a tormenta nem a luz após o túnel, se cheguei onde estagnada pertenço foi por não parar de procurar.Não ousei se quer um dia desistir de mim.

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