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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010


Precisei daquele que apenas me olhava de relance e já me fazia arrepiar. Não havia nada que o impedisse de me abraçar, de ligar e falar que mesmo longe, quando tentava dormir, era em mim que pensava até cair no sono e torcia pra que em seus sonhos eu vagasse, assim como eu implorava.
Era pelo qual eu não tinha papas na língua, nunca me corrigia, achava o mais hilário e ingênuo jeito de ser verdadeira.Fazia-me sentir bonita mesmo quando a tinta do cabelo estava falha ou quando chorava e a maquiagem, feita com tanta delicadeza, se esvaia. Em meio a tantos nunca e sempre, meu ser com o coração pesado, encharcado de amor.
Não era preciso um pingo de sanidade, nem uma taça de redenção, o perdão estava impregnado e seus grandes olhos e no conforto do seu abraço.

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