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sábado, 31 de julho de 2010


Se falar fosse tão fácil como dizem, eu não estaria aqui, não ficarei recolhida como um coelho assustado, minhas mãos não estariam frias e meu coração pulsando tão rapidamente.Quanto mais quero falar, o silêncio consome minha vida.
Escuto o coração gritar, berrar para meus braços e articulações, para meus olhos se levantarem e minha boca se mexer, mas não é o suficiente, não é o melhor. Ignorando-me por completo se vai e resta a minha mente resmungar algo e meus olhos se encherem de olhar pros pés e se derramarem em lágrimas.
Volto-me para outra tentativa frustrada, regulo minha postura, exercito minha mente habilidosa para saber o que e quando falar, o momento certo chegou e não precisei falar muito, falou por mim. Disse tudo como eu planejei ouvir, disse até mais, revelou-se em um ser que penso gostar mais agora.
Ainda olho para baixo, o silêncio vem de vez em nunca, minhas mãos ainda suam e meus movimentos teimam em congelar. Isso acontece quando é amor e não se vai quando queremos, aparece e nem ao menos percebemos.

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